Província Cisplatina

 

Cisplatino é um adjetivo que se refere ao que está aquém do Rio da Prata, no caso, o Uruguay.

Em 1514, o estuário do Rio da Prata foi descoberto pelo navegador português João de Lisboa. Desde o século 16, os mapas portugueses oficiais indicavam as terras da margem esquerda do Rio Uruguay como sendo portuguesas.

A primeira tentativa dos portugueses de colonizar as terras do atual Uruguay datam de 1532, com Martim Afonso de Sousa. Em 1680, eles fundaram a Colônia do Sacramento o que deu início a uma série de batalhas na região, entre portugueses e espanhóis.

Em 1813, as Províncias Unidas do Rio da Prata, incluindo a Banda Oriental do Uruguay, declararam independência da Espanha. No ano seguinte, líderes da, então, Província Oriental iniciaram um movimento de separação das Províncias Unidas.

A navegação pelo Rio Uruguay era fundamental para a colonização de parte das terras do interior do Brasil. Em 1816, Dom João VI iniciou os preparativos para a ocupação militar da Província Oriental do Uruguay. Em 20 de janeiro de 1817, as tropas portuguesas, sob o comando do tenente general Carlos Frederico Lecor, entraram em Montevideo. A resistência uruguaya, lideradas por José Artigas, foram derrotadas na Batalha de Tacuarembó, em janeiro de 1820.

Em 31 de julho de 1821, a Província Oriental do Uruguay foi oficialmente anexada ao Brasil, como Província Cisplatina. Embora fosse respeitado a língua e os costumes locais, os uruguayos não aceitaram de bom grado a anexação.

Em 1822, o Príncipe Regente Dom Pedro rompeu com Portugal e deu início à Guerra da Independência do Brasil. As tropas de ocupação da Província Cisplatina dividiram-se entre os que queriam a Independência e aqueles que preferiam continuar sob domínio português, mas derrotados por Lecor, que aderiu à Independência do Brasil.

Os uruguaios que buscavam independência própria solicitaram apoio de Buenos Aires. Em 19 de abril de 1825, D. Juan Antonio Lavalleja, um militar uruguaio que estava exilado, desembarcou na praia de Agraciada, Uruguay, com 33 soldados.

Lecor, o governador da Província Cisplatina, enviou para combatê-los uma tropa chefiada pelo uruguayo D. Fructuoso Rivera, que desertou e uniu-se a Lavalleja. Em 1825, os uruguayos declararam sua separação do Brasil e solicitaram incorporação às Províncias Unidas, o que foi aceito por Buenos Aires. Assim, iniciou-se a Guerra Cisplatina, que durou até 1828. Em 27 de agosto desse ano, o Uruguay tornou-se um país independente, reconhecido pelo Brasil e Argentina.

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Porta da antiga Cidadela de Montevideo, em fotografia de 1868. Por aqui passaram as tropas de Lecor, em 1817, ao tomar a Cidade, que passou a ser brasileira até 1828.

 

O marechal Carlos Frederico Lecor (1764-1836), tela do artista uruguayo Miguel Benzo, acervo do Museu Histórico Nacional, em Montevideo.

Lecor, visconde de Laguna, nasceu em Lisboa, e teve atuação importante na guerra contra a França de Napoleão. Em 1814, no final da campanha, Lecor era o comandante da Divisão Portuguesa.

Em dezembro de 1815, Lecor embarcou para o Brasil como comandante da Divisão de Voluntários Reais. Em 1822, abraçou a causa da Independência do Brasil, tornando-se depois Marechal do Império.

Lecor ocupou a Província Oriental do Uruguay, em 1817, e foi governador da Província Cisplatina, até novembro de 1826, quando foi substituído. Voltou, em janeiro de 1828, e retornou ao Rio de Janeiro, com o fim do conflito.

 

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