A América é habitada há muitos milênios. Acredita-se que os primeiros europeus a chegarem no Continente foram os vikings, na costa leste do Canadá, por volta do século 10. Entretanto, a descoberta da América, pelos europeus, é tradicionalmente creditada a Cristóvão Colombo, quando sua frota aportou nas Bahamas, em 1492. A razão é que a América não era registrada nos mapas do século 15. Colombo acreditava ter chegado nas Índias. Estima-se que existiam mais de 40 milhões de pessoas na América, quando os europeus chegaram.
Somente após a expedição portuguesa ao Brasil, em 1501, com a participação do mercador e navegador italiano Américo Vespúcio, é que a ideia de que as terras descobertas seriam um Novo Mundo, passaram a ser divulgadas, principalmente por Vespúcio. Mas o Novo Mundo de Vespúcio eram o Brasil e redondezas, não envolvia as terras descobertas por Colombo. Em 1507, o cartógrafo alemão Martin Waldseemüller batizou de América a parte do Continente visitada na expedição portuguesa de 1501, o Novo Mundo de Vespúcio. Posteriormente, o nome América passou a ser adotado para todo o Continente.
A América é o segundo maior continente do Planeta, depois da Ásia. É dividida em quatro partes: América do Sul, América Central, Antilhas e América do Norte. América Latina não existe. Não se deve chamar o povo, de qualquer parte da América, de latino ou de hispânico. Apesar de grande influência europeia, os americanos possuem, de uma forma geral, características e tradições próprias.
América Latina Não Existe
Por Jonildo Bacelar
O latim era uma língua nobre, muito bem estruturada e gramática refinada. Diferente das línguas germânicas, de origem bárbara. Os ingleses tiveram muito trabalho para colocar ordem em sua língua, o que começou a ser feito por volta da época de Shakespeare. Fizeram um bom trabalho.
Na colonização da América, os europeus trouxeram cinco línguas principais: português, espanhol, francês, inglês e holandês. As três primeiras com fortes raízes latinas (ou românicas).
Entretanto, toda a cultura ocidental tem grande influência latina. Por muitos séculos o latim foi a lingua franca no Ocidente, principalmente na escrita. Grande parte dos termos de um dicionário de inglês, por exemplo, tem origem no latim. A Inglaterra foi província romana por quatro séculos.
A língua de Camões, além de suas raízes no latim e no grego, tem também forte influência árabe e germânica. Depois da queda do Império Romano, a Península Ibérica foi invadida por povos bárbaros germânicos, os suevos e os visigodos. Depois, a Península foi conquistada pelos árabes.
Até o século 19, grande parte dos atuais territórios dos EUA e Canadá era colonizada por franceses ou espanhóis. Mas, os estadunidenses costumam chamar de latinos todos os que vivem ao sul do Rio Grande, na fronteira entre México e Estados Unidos.
Entretanto, os mexicanos não são mais latinos que os franco-canadenses, que não se consideram latinos, muito embora falem principalmente o francês. Na verdade, cerca de 90% dos mexicanos são mestiços branco-ameríndios ou puro ameríndios (com muito orgulho para eles). Isso torna os franco-canadenses mais latinos que os mexicanos, em geral.
A cultura brasileira, além de sua matriz europeia, tem também forte influência africana, indígena e asiática. Hoje possui muitas características próprias.
A América Latina não está no mapa, não existe.
O termo "latino" é abrangente demais para ser aplicado de forma coerente, nesse caso. Melhor diríamos que somos afro-americanos. Nascemos na América, mas a ciência afirma que viemos todos da África.
Na América
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Montanhas geladas dos Andes, no Peru.
Centro Histórico de Cartagena, fundada em 1533, Colômbia. Patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.
A Golden Gate em San Francisco, California. A névoa em volta é frequente ao amanhecer. Construída por Joseph B. Strauss, um especialista na construção de pontes com estruturas de aço, projetou cerca de 400 pontes em todo o mundo. O nome deriva do estreito Golden Gate que liga a baía de San Francisco ao Oceano Pacífico.
Carl Wilmington
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